quarta-feira, 27 de abril de 2011

A Natureza das Línguas e Profecia em Documentos Confessionais Reformados: Uma Interpretação Cessassionista - Moisés Bezerril.


Este assunto é visto, em todo o mundo, por perspectivas diferentes

Inicialmente, vejamos as cinco perspectivas teológicas mais importantes sobre a natureza das línguas e profecia no mundo teológico. Existem cinco grupos que entendem de forma diferente este tema. Vejamos do menor para o maior, e procuremos ver em qual grupo estamos enquadrados.

1) O primeiro grupo é o doscessacion istas. É um grupo pequeno que afirma que não há mais dons miraculosos ou extraordinários como os de profecia e línguas, dons estes que pertenceram ao primeiro século, ao início do cristianismo e ao estabelecimento do Cânon do Novo Testamento. Vale salientar que a erudição evangélica é cessacionista. Isto não é uma conclusão minha. Dr. Sinclair B. Ferguson, de Westminster, diz que apesar de muitos teólogos defenderem que o dom de profecia cessou e que o "perfeito" de I Co 13 não seja explicitamente o Cânon, quando viria um período em que as Escrituras estariam terminadas e completas, mesmo assim eles sabem que na verdade se trata do Cânon. Dr. Sinclair Ferguson representa aqui o pensamento cessacionista.

2) O segundo grupo são ospent ecostais. Estes têm sua origem no início do século XX (1901), nos Estados Unidos e defendem que todos os dons são para hoje. Defendem que o Batismo do Espírito Santo é uma experiência subseqüente à conversão e deve ser buscada; que as línguas são o sinal visível do Batismo no Espírito Santo. São representados por um dos maiores grupos no mundo: a Assembléia de Deus.

3) O terceiro grupo são os chamadoscarismát icos. Têm sua origem histórica nos anos de renovação espiritual de 1960 a 1970. Eles buscam uma maior espiritualidade e conseqüentemente os dons espirituais. São um grupo que busca a prática de todos os dons do Novo Testamento.Não são um grupo coeso na doutrina carismática. Estão divididos quanto à subseqüência do Batismo no Espírito Santo, ou seja, uns concordam e outros não. Mas as línguas são enfatizadas. Não há um grupo específico que represente este pensamento carismático, porque estão divididos em muitas denominações.

4) O quarto grupo é o chamado da “terceira onda” do Espírito. Iniciou na década de 80, onde se destacou o professor Peter Wagner do Seminário Fuller, que considera a “terceira onda” como a terceira obra de reavivamento do Espírito na Igreja Moderna, onde os cristãos devem ser encorajados a se equiparem com os dons do Espírito Santo para a pregação do Evangelho –sinais e maravilhas. Neste movimento também é dada ênfase nos dons extraordinários do Novo Testamento. Ensinam, porém, que o Batismo no Espírito Santo se dá na conversão. São, assim, contrários ao movimento pentecostal, e chamam as experiências subseqüentes à conversão de enchimento do Espírito Santo. Crêem nas línguas para hoje, mas não as enfatizam como fazem os carismáticos e pentecostais. O Maior representante deste movimento é John Wimber, pastor da Associação Vineyard nos Estados Unidos.

5) Estes grupos dificilmente representariam o mundo evangélico. Nenhum deles tem a maioria. Mas existe um grupo gigante chamado de “os cautelosos". São "abertos, mas cautelosos". Quem usou esta expressãofoi o Prof. Wayne Grudem, um teólogo batista que escreveu o livro O Dom de Profecia no Novo Testamento e Hoje. É um livro polêmico em todo mundo, e por isso tem a oposição de muitos eruditos renomados. Mas é um livro muito bem recebido por aqueles que querem uma base para fundamentar a prática moderna das línguas e profecia.

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