Baixe o E-book “Um
Guia Para A Oração Fervorosa”, por Arthur Walkignton Pink (Link para baixar
gratuitamente no final do texto de apresentação desta nossa publicação especial
de Nº 290!!! Soli Deo Gloria! Sola Gratia!)
A necessidade vital
do tema, a beleza e caráter Bíblico das exposições, a profundidade das
considerações, a variedade dos ensinos práticos, são alguns dos motivos pelos
quais muito recomendamos a leitura, em oração, deste preciosíssimo livro que o
Senhor agora nos concede compartilhar com muitos irmãos, e com todos aqueles
que a quem ao nosso Deus aprouver.
Precisamos de orações
vivas e de vidas de oração. A oração é para alma o que a respiração é para o
corpo. Pelos movimentos desta respiração celeste entendemos que há vida, que
estamos vivos; ou não. Precisamos de homens dispostos a orar e não a pecar.
A oração é uma parte
natural da adoração a Deus. Mas, para que possa ser aceita, deve ser feita ao
Único Deus Verdadeiro, em nome do Filho, com a ajuda do Espírito, segundo a Sua
vontade, com entendimento, reverência, humildade, fervor, fé, amor e
perseverança (João 14:13-14; Romanos 8:26; 1 João 5:14). Quão diferente isso é
do que comumente se chama “orar” para a maioria dos chamados “evangélicos”
contemporâneos.
Atualmente, em meio à
Cristandade, oração fervorosa é muitas vezes, tristemente, confundida com
gritarias, falas ininteligíveis, participação em “campanhas” e “correntes”,
determinação de “bênçãos e vitórias”, superstições, e arrogantes e ignorantes
solicitações de “promessas” que nunca foram prometidas pelo Senhor na
Escritura, e por um conteúdo e intenções humanistas e egocêntricas. Isso tudo é
antes uma abominação! Deus livre o Seu povo de tais absurdos!
Por que devemos orar?
Oramos porque agradou ao Espírito Santo gravar nas Linhas Eternas da Escritura
Sagrada, e isso de forma abundante, o comando positivo para que oremos, “sem
cessar”, “em todo o tempo”, com “toda oração e súplica”, “vigiai, pois, em todo
o tempo, orando”. Jesus ensinou Seus discípulos a orarem sempre e nunca desfalecer
(1 Tessalonicenses 5:17; Efésios 6:18; Lucas 21:36; 18:1; Salmos 86:3; 2
Timóteo 1:3; Atos 6:4).
Por que orar se Deus
é Soberano e decreta o fim desde o princípio, e já decretou de ante-mão tudo
que acontecerá (Isaías 46:10; Salmos 135:6; Salmos 115:3; Provérbios 16:4)? É
justamente o fato de Deus ser Soberano e de fazer tudo que Lhe apraz, que torna
possíveis as nossas orações; se nosso Deus não fosse Soberano e nem fizesse
tudo “segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo” (Efésios 1:9) de
forma que algo ou alguém pudesse frustrá-lO ou impedi-lO (Isaías 43:13; Jó
11:10; 42:2) ou dizer-lhe: “Que fazes?” (Daniel 4:35), de que adiantaria pedir
algo a um deus tal como este que não tem todo o poder para conceder a petição?
Ou como eu agradeceria e louvaria a Deus somente por ter feito algo, se eu
desconfiasse que Ele não o fez sozinho, ou que Ele é impotente para fazer algo
à parte da vontade da criatura ou das circunstâncias? Se Deus é Soberano,
todo-poderoso, justo, bom e sábio, eu oro, suplico e louvo porque eu sei que se
Ele quiser o fará, e que operando Ele ninguém impedirá (Isaías 43:13). O Deus
que decretou os fins desde o princípio decreta também os meios para alcançar
estes fins, se os fins são decretos eternos, os meios (como por exemplo, as
orações) também o são. Deus, em Sua providência ordinária, faz o uso de meios,
ainda assim, é livre para operar sem, acima e contra eles, como Lhe agrade.
Ora, Deus nos ordenou usar os meios, “portanto, vós orareis” (Mateus 6:9; 1
Tessalonicenses 5:17; Efésios 6:18; Lucas 21:36; 18:1). Assim não podemos
esperar que Deus nos abençoe, nem que estejamos fazendo Sua vontade, se não
estamos usando os meios que Ele mesmo prescreveu a nós em Sua Palavra, mas,
antes, desprezando-os.
Assim disse o Senhor
Jesus: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta,
ora a teu Pai” (Mateus 6:5-15). Aqui, o Senhor não especulou a respeito da
possibilidade dos Seus seguidores orarem em secreto ou não, Ele não diz “se
talvez orares”, “se quiseres orar”, “se tiveres tempo para orar”; não, o Senhor
diz: “quando orares”, a oração secreta e constante na vida dos verdadeiros
seguidores de Cristo não é uma possibilidade, é uma certeza plena. Jesus sabia
muito bem que os Seus orariam. Assim como o pastor usa o seu cajado para
apartar as ovelhas dos bodes, a oração secreta é o cajado que separa os filhos
de Deus dos filhos do Diabo, pois aqueles que entram em seus aposentos e fecham
a porta, o fazem como filhos e para “orar a seu Pai”. Certamente os que assim
não fazem, e isso não lhes aflige nem incomoda, são bastardos e não filhos
(Hebreus 12:8).
“A oração particular
é o teste de nossa sinceridade, o indicador de nossa espirituali-dade, o
principal meio de crescimento na graça. A oração particular é a única coisa,
acima de todas as demais, que Satanás busca impedir, pois ele bem sabe que se
ele puder ser bem sucedido neste ponto, o Cristão falhará em todos os outros”
(Arthur Pink).
No relacionamento do
homem com Deus toda iniciativa parte de Deus, e então o homem reage à ação
inicial de Deus. Deus sempre age, nunca reage, Suas ações sempre são primárias.
Por exemplo: se alguém ama a Deus, é por Ele o amou primeiro (1 João 4:19), Se
alguém O escolhe, foi porque Ele o escolheu primeiro (João 15:16), se alguém é
uma nova criatura, é porque Ele antes o ressuscitou estando tal pessoa morta em
delitos e pecados (Efésios 2:1-10), de sorte que sempre as atitudes positivas
dos homens em relação a Deus são fruto de uma atitude primária, eterna,
positiva, graciosa, benevolente e condescendente da parte de Deus para com tal
homem. Assim se tu não oras a Deus hoje, tema e trema! pois pode ser que tu não
ores na terra porque Cristo também não ora por ti no céu, e nem tenha orado por
ti enquanto Ele esteve na terra, e talvez a única menção que Cristo tenha feito
de você durante as Suas orações foi: “não rogo pelo mundo” (João 17:9).
Existem cristãos que
possuem uma vida de oração sem, no entanto, possuírem um conhecimento bíblico
correto; mas definitivamente não existem cristãos que possuem um conhecimento
bíblico correto e não possuem uma vida de oração. Falar de Cristo não é o mesmo
que falar com Cristo. Ocupar-se nas coisas de Deus não é o mesmo que ocupar-se
em oração com o próprio Deus das coisas. Existem cristãos falsos que são
constantes em “oração”, mas é impossível que existam cristãos verdadeiros que
não sejam constantes e diligentes na oração. Sobre isto o Puritano Joseph
Alleine, diz:
“Aquele que
negligencia a oração é um pecador profano e não-santificado. Aquele que não é
constante na oração é hipócrita, a menos que a omissão seja contrária ao seu
costume, sob a força de alguma tentação momentânea. Uma das primeiras coisas em
que se manifesta a conversão é que ela leva os homens a orar”.
Paulo diz ao Efésios
que Deus predestinou os Seus para que “fossem santos”, e “por isso” diz o
salmista: “todo aquele que é santo orará a ti” (Efésios 1:4; Salmos 32:6). Por
outro lado, aqueles que não oram são dignos, sim, desta oração: “Derrama a tua
indignação sobre os gentios que não te conhecem, e sobre as gerações que não
invocam o teu nome” (Jeremias 10:25).
Os que se julgam
versados nas Escrituras e como possuindo um bom conhecimento da sã doutrina,
que é segundo a piedade, mas que não cultivam um hábito de profunda oração nem
a valorizam, estão inchados e não edificados. Certamente as palavras de Martyn
Lloyd-Jones são verdadeiras:
“Nossa condição
definitiva como cristãos é testada pelo caráter da nossa vida de oração. Isso é
mais importante que o conhecimento e o entendimento. Não pensem que eu estou
diminuindo a importância do conhecimento. Tenho passado a maior parte da minha
vida tentando mostrar a importância de se ter um bom conhecimento e
entendimento da verdade. Isso é de importância vital. Só há uma coisa que é
mais importante: a oração. O teste definitivo da minha compreensão do ensino
bíblico é a quantidade de tempo que eu gasto em oração... Se todo o meu
conhecimento não me conduz à oração, certamente há algo de errado em algum
lugar”.
Para que oremos com
real fervor, precisamos oferecer orações “com o espírito, mas também... com o
entendimento”. Entendimento Bíblico! Nesse sentido, o amado Charles Spurgeon
afirma que “as brasas da ortodoxia são necessárias para o fogo de piedade”. Sim,
de fato. Nesse sentido, crendo que o conhecimento Bíblico de Deus relaciona-se
diretamente ao fervor de nosso amor por Ele — que quanto mais conhecemos e
amarmos a Deus, mais a oração se torna para nós não somente um dever, mas
também um deleite, uma necessidade vital e agradável —, vos convidamos a esta
leitura, e que por fim, o próprio Deus nos ajude a assim clamar: “Buscarei
aquele a quem ama a minha alma! Leva-me tu; correremos após ti” (Cânticos 3:2;
1:4).
“A oração em si mesma
é uma arte que somente o Espírito Santo pode nos ensinar. Ele é o doador de
todas as orações. Rogue pela oração; ore até que consiga orar, ore para ser
ajudado a orar e não abandone a oração porque não consegue orar, pois nos
momentos em que você acha que não pode orar, é que realmente está fazendo as
melhores orações. As vezes quando você não sente nenhum tipo de conforto em
suas súplicas e seu coração está quebrantado e abatido, é que realmente está
lutando e prevalecendo com o Altíssimo” (Charles Spurgeon).
Que o mesmo Senhor
Jesus Cristo, centro destas palavras, aplique o que dEle há nas palavras deste
escrito com poder, pelo Seu Santo Espírito de graça e de súplicas, nos corações
de Seus escolhidos (Zacarias 12:10). Para glória de Deus Pai.
Que nossos quartos
sejam quartos de oração e que nossas vidas provem isto, para a glória de Deus.
Amém e amém!
Equipe
OEstandartedeCristo.com
, 21 de outubro de
2014.
•••
Hosanas! Glória a
Cristo nas Alturas!!!
Sola Gratia! Soli Deo
Gloria!
•••
Esta edição especial
é composta pelos seguintes textos:
Prefácio
Oração Particular,
por A. W. Pink
Uma Biografia de A.
W. Pink
Um Guia Para a Oração
Fervorosa
Introdução
01 • Hebreus 13:20-21
– Parte 1
02 • Hebreus 13:20-21
– Parte 2
03 • Hebreus 13:20-21
– Parte 3
04 • 1 Pedro 1:3-5 –
Parte 1
05 • 1 Pedro 1:3-5 –
Parte 2
06 • 1 Pedro 1:3-5 –
Parte 3
07 • 1 Pedro 5:10-11
– Parte 1
08 • 1 Pedro 5:10-11
– Parte 2
09 • 1 Pedro 5:10-11
– Parte 3
10 • 2 Pedro 1:2-3
11 • Judas 24-25 –
Parte 1
12 • Judas 24-25 –
Parte 2
13 • Apocalipse 1:5-6
– Parte 1
14 • Apocalipse 1:5-6
– Parte 2
Apêndices
.
A1 • Por Que e Como
Devemos Orar? – Thomas Boston
A2 • A Necessidade da
Oração Secreta – Thomas Boston
A3 • Quando As
Orações Serão Atendidas? – Christopher Love
A4 • A Agonia de
Cristo – Jonathan Edwards
A5 • Um Tratado Sobre
Oração – John Bunyan
A6 • Oração – Thomas
Watson
A7 • Verdadeira
Oração: Verdadeiro Poder, Sermão Nº 328 – C. H Spurgeon
A8 • Orações
Puritanas
A9 • O Trono da
Graça, Sermão Nº 1024 – C. H. Spurgeon
•••
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
__________
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